sábado, 27 de fevereiro de 2016

A charmosa Buenos Aires

Buenos Aires, capital da Argentina, é a maior cidade do país e a segunda maior região metropolitana da América do Sul, atrás apenas de São Paulo. O país, cuja população supera ligeiramente a marca de 40 milhões de habitantes, é o quarto melhor em qualidade de vida na América Latina. 
A cidade é atendida por dois aeroportos: o Aeroporto Internacional Ministro Pistarini, mais conhecido como Ezeiza, nome da pequena cidade em que está localizado, que é o maior, e o Aeroparque Regional Jorge Newbery, menor, mas que se encontra a 6 quilômetros do centro de Buenos Aires. Se pudesse indicar, optaria pelo Aeroparque, pois em menos de 20 minutos você está no centro da cidade, onde se aglomera a maior parte dos hotéis. O aeroporto de Ezeiza, no entanto, é o que recebe os voos internacionais; ele fica a 35 quilômetros do centro da cidade e o trajeto pode ser feito por táxi, van ou ônibus.
Outra maneira de chegar a Buenos Aires é por barco, já que a cidade se localiza às margens do estuário do Rio da Prata. O trajeto mais conhecido é feito entre os dois maiores portos do estuário, partindo de Montevidéu para a capital argentina, e pode ser feito em 60 minutos, em média.

Buenos Aires está entre os mais importantes destinos turísticos do mundo, sendo muito conhecida por sua arquitetura europeia, motivo pelo qual recebeu a alcunha de Paris da América do Sul. Os pontos turísticos da cidade são diversos: prepare-se para ficar alguns bons dias na cidade, caso queira conhecer tudo o que a cidade pode oferecer.

PONTOS TURÍSTICOS

Um dos mais importantes e conhecidos pontos turísticos é o Obelisco, localizado no centro da cidade, entre as avenidas 9 de Julho e Corrientes. Inaugurado em 1936, com seus 67,5 metros de altura, para lembrar o quarto centenário da primeira Fundação de Buenos Aires, foi construído onde anteriormente havia uma igreja dedicada a São Nicolau de Mira. Hoje é um dos principais pontos de reunião da população, seja para manifestações políticas ou para festas esportivas.


Outro ponto, ao lado do Obeslico é o Teatro Colón, que é a principal casa de ópera de Buenos Aires. A casa é considerada um dos cinco melhores teatros do mundo, levando em consideração a acústica, o tamanho e a importância, opinião que também era compartilhada por Luciano Pavarotti.


Não muito longe do Obeslico, por volta de 1,2 km está a Casa Rosada, sede do Governo da República da Argentina. Localizada em frente à Praça de Maio e cercada por alguns órgãos do Governo, é um dos mais importantes pontos turísticos da cidade, marcado por concentrar, assim como o Obelisco, grandes manifestações políticas e artísticas. O local abriga ainda o Museu da Casa do Governo e conta com visita guiada. É impossível ir a Buenos Aires e não conhecer esse ícone da cidade, que, guardadas as devidas proporções, é similar à Casa Branca, em Washington DC.


Ainda na Praça de Maio está a Catedral Metropolitana de Buenos Aires, que é a mais importante igreja católica do país. A catedral, que já foi reconstruída diversas vezes desde suas origens no século XVI, reúne diferentes estilos arquitetônicos e destaca-se por não possuir torres. Observando a fachada, a catedral lembra muito um tempo grego, com 12 grandes colunas, que se remetem aos apóstolos de Jesus. A igreja possui uma cúpula com mais de 40 metros de altura e um mausoléu onde estão os restos mortais de General San Martín, herói da independência, não apenas argentina, mas também do Chile e do Peru.
 

A alguns metros da Catedral está o Café Tortoni, pertencente ao grupo dos seletos bares notáveis do país. Inaugurado em 1858, o local recebeu importantes pintores, escritores, jornalistas, músicos, políticos, reis e outras personalidades, sendo, por muitos anos, sede da associação literária de maior classe da cidade, liderada pelo pintor Benito Quinquela Martín. Trata-se de um local espaçoso, com cardápio variado e um palco, que, ainda hoje, recebe várias manifestações artísticas e culturais.


Próximo ao Tortoni está uma das ruas mais conhecidas da cidade: a Calle Florida, que recebe milhares de turistas; sem dúvida é um dos símbolos da cidade. A rua se estende das proximidades da Praça de Maio, entre o Café Tortoni e a Casa Rosada, no sentido norte até a Praça San Martín, no bairro do Retiro. Ao longo de toda a sua extensão, da ordem de um quilômetro, há diversos hotéis, galerias, lojas, casas e dançarinos de tango e outros artesãos que, desde 1971, dividem o espaço exclusivamente com pedestres. Dentre os estabelecimentos sediados ali, destaca-se um dos mais famosos shoppings da cidade, as Galerias Pacífico.


As Galerias Pacífico são, com certeza, o shopping mais bonito do país. Sua imponente construção no estilo Beaux-Art é marcante e ocupa um quarteirão inteiro. Sua arquitetura, que tomou como inspiração o Le Bon Marché, em Paris, é mais um exemplo do ar europeu que se vê na cidade. O nome do edifício deriva da companhia britânica Buenos Aires and Pacific Railway, que se instalou no espaço no início do século XX e tinha por intenção ligar a cidade ao Oceano Pacífico, no Chile, através de uma linha férrea. O local, que também já sediou o Museu Nacional de Belas Artes dos hermanos, foi declarado Monumento Histórico Nacional em 1989. Engana-se, portanto, quem acha que se trata apenas de mais um shopping na cidade. Seu interior mistura arte e modernismo; na parte central do shopping, a mais bonita do local, há um chafariz e um teto com doze afrescos que deixam qualquer um de boca aberta. Mesclam-se, ainda, com as pinturas, partes em vidro, que conferem ainda mais requinte e pompa ao local.


Ao final da Calle Florida, pouco após as Galerias Pacífico, encontra-se a Praça San Martín, onde se inicia oficialmente o bairro do Retiro. O nome do bairro origina-se do Hermitage El Retiro, que foi uma espécie de refúgio para os escravos no século XVIII. Já o San Martín é homenagem ao general Dom José de San Martín, herói da independência argentina, cujos restos mortais estão guardados sob a Catedral Metropolitana. Destacam-se na praça monumentos dedicados aos falecidos na Guerra das Malvinas e ao general que nomeia a praça.


De frente à Praça San Martin está a Torre Monumental. Construída por residentes britânicos, para comemorar o centenário da Revolução de Maio, que culminou na independência argentina, foi chamada de Torre dos Ingleses. Mas, em 1982, em virtude da Guerra das Malvinas, travada justamente contra os ingleses, foi rebatizada para seu atual nome, Torre Monumental. 


Um pouco mais distante desses atrativos, seguindo no sentido noroeste, está o Cemitério da Recoleta, um diferente e famoso ponto turístico da cidade. Apesar da atmosfera funesta que isso possa inspirar, é um dos mais visitados cemitérios do mundo, ao lado do parisiense Pere-Lachaise. Localizado em uma das áreas mais nobres da cidade, suas lápides são famosas pelo luxo que exibem, inclusive o de grandes personalidades, como Eva Perón, famosa ex-primeira-dama argentina. Achei um site muito legal que fala sobre 5 histórias surreais sobre o cemitério.


Próximo ao Cemitério estão a Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires, imponente edifício de estilo neoclássico, e a Floralis Generica, uma grande escultura de aço inoxidável no formato de flor. O interessante sobre a flor é que ela possui um sistema elétrico que abre e fecha suas pétalas durante o amanhecer e ao anoitecer.



Pouco mais adiante da Floralis, está uma grande área verde que concentra muitos pontos turísticos, como o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, o Jardim Botânico, a Praça da Alemanha, o Planetário de Buenos Aires, o lindo Lagos de Parlermo, o zoológico, o Monumento aos Espanhóis e o Jardim Botânico.


Voltando à parte central da cidade está o Palácio do Congresso da Nação Argentina, que teve sua construção iniciada em 1897, sendo projetado por um italiano. Está localizado na Praça do Congresso Nacional, a cinco quarteirões da Avenida 9 de Julho.


Logo atrás da Casa Rosada, está o Puerto Madero, uma região nobre e moderna, famosa por seu centro financeiro e principalmente pela gastronomia. A região contém os maiores arranha-céus do país e monumentos como a Ponte da Mulher e o primeiro navio da Argentina, que hoje é um museu. O bairro abriga também o porto da cidade, de mesmo nome, em homenagem ao engenheiro responsável pelo projeto, Eduardo Madero. Esse é o local de desembarque dos barcos, onde desci quando fui de Montevidéu para Buenos Aires.


Um pouco mais distante estão o Caminito e o Estádio do Boca Juniors, ambos localizados no Bairro de La Boca. O Caminito é uma rua-museu repleta de casas coloridas, em cujas redondezas encontram-se restaurantes, museu, cafés, lojas de lembrancinhas e barraquinhas. A poucos metros daí está o La Bombonera, famoso estádio do Clube Atlético Boca Juniors.


Amigos, isso foi um pouco do que conheci em Buenos Aires, espero que tenham gostado. A cidade é muito famosa também por seus teatros – tem a maior concentração de teatros do mundo –, e pelo tango, grande ícone portenho. Infelizmente, eu não tive a oportunidade de ir a nenhum evento desse tipo, mas, caso goste, não deixe de pesquisar sobre.

Deixando a América do Sul, espero vocês na minha próxima postagem, sobre a cidade que tanto influenciou Buenos Aires: a cidade luz, Paris. Até lá!